Convivência com o semiárido - Cáritas Nordeste e Comitê Betinho firmam parceria

26/10/2012

Convivência com o semiárido - Cáritas Nordeste e Comitê Betinho firmam parceria

O Semiárido baiano enfrenta um período prolongado de estiagem. É o mais forte nos últimos 47 anos. Apesar da má distribuição temporal e espacial das chuvas, as precipitações anuais são suficientes para o desenvolvimento de uma série de atividades produtivas, a exemplo da pequena pecuária e produção de alimentos como hortaliças e frutas.

Nesse momento de escassez de água, a Cáritas Regional Nordeste 3 firma parceria com o Comitê Betinho para a melhoria das condições de vida de 35 famílias nos municípios de Ipirá e de Rafael Jambeiro, BA. Ambos os municípios foram escolhidos para o desenvolvimento do projeto porque ainda não tiveram uma atenção adequada dos poderes públicos para a sua demanda de cisternas.

A iniciativa contempla, até o momento, a construção de 35 cisternas cada uma com capacidade de armazenar 16m³ de água. O projeto considera desde a seleção e cadastramento das famílias, capacitação em gerenciamento de recursos hídricos, construção das cisternas e visita de acompanhamento.

Com isso o compromisso firmado entre as duas instituições objetiva propiciar o acesso descentralizado à água para o consumo humano, garantindo o gerenciamento, conservação e utilização sustentável das cisternas, capacitando as famílias com oficinas de formação que tratam os aspectos gerais da convivência com o semiárido e da segurança alimentar.

Ao aceitar a parceria, procuramos as famílias que mais necessitam e ainda não foram contempladas em outros projetos ou ações governamentais. As organizações locais como as Cáritas Diocesana de Ruy Barbosa e Amargosa, as Paróquias de cada município e Sindicato de Trabalhadores Rurais de Ipirá se envolveram e estão dando o suporte para a construção das cisternas.

A parceria com o Comitê Betinho é fundamental para mostrar que a solidariedade das pessoas de todo país precisa ser manifestada na forma de apoio às famílias que lutam por seus direitos e que são sujeitos ativos na construção do desenvolvimento desta região. Estas famílias não são meras recebedoras de doações pontuais, elas buscam uma convivência harmoniosa com o clima e querem viver com dignidade em seu pedaço de chão, tirando da terra e do suor do trabalho o seu sustento.